quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

A enfermagem gerontológica: os desafios na prática do cuidado ao idoso.

A longevidade adquirida por meio de melhor qualidade de vida da população - através da maior urbanização das cidades, melhoria da higiene pessoal, das condições sanitárias e das condições ambientais no trabalho e nas moradias - vem proporcionando o envelhecimento da população brasileira (ARAÚJO et al., 2003).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) entre 1950 a 2025 a população brasileira de idosos crescerá 16 vezes, enquanto que a população total crescerá cinco vezes, com isso é provável que em 2025 o Brasil tenha a sexta maior população idosa do mundo, com aproximadamente 32 milhões de pessoas pertencentes a esse grupo etário, a partir disso surge a necessidade de os profissionais de saúde colocarem em prática as políticas públicas voltadas a pessoa idosa (BRASIL, 2002).
A atenção à saúde do idoso deve firmar-se na atenção básica, através das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF), promovendo ações de prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, assegurando todos os direitos de cidadania, defesa de sua dignidade, bem-estar e direito à vida (BRASIL, 2006; BRASIL, 2006b; BRASIL, 2002).
A enfermagem gerontológica é a que especializa nos cuidados do idoso, e deverá possuir profissionais aptos a desenvolver atitudes efetivas e de impacto na atenção à saúde do idoso. A gerontologia cuida da personalidade e da conduta dos idosos, levando em conta todos os aspectos ambientais e culturais do envelhecer. A assistência prestada à pessoa idosa está diretamente ligada às suas necessidades de saúde, cuidados e bem-estar. A equipe de enfermagem deve identificar e avaliar suas necessidades para maximizar suas condições de saúde, minimizar as perdas e limitações, facilitar diagnósticos e auxiliar no tratamento, proporcionar conforto quando o idoso apresentar angústias e fragilidades (DUARTE, 2002; CANÇADO, 2002).
Na perspectiva de melhorar esse cuidado e atenção, são realizados cursos específicos, como o Curso de  Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa, fornecido pelo UNA-SUS que em apenas dois dias de inscrição superou o número de 1000 profissionais de saúde matriculados. Na própria Escola de Enfermagem, temos o NESPI, Núcleo de Estudos e Pesquisa do Idoso que desenvolve pesquisas e trabalhos comunitários na área da gerontologia.

Referências:
______. Ministério da Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Cadernos de Atenção Básica, on line Brasília, n.19, 2006. Disponível em:. Acesso em: 20 mar. 2007.
______. Portaria n° 2.528, de 19 de outubro de 2006a. Dispõe sobre a política nacional de saúde da pessoa idosa. Brasília. Ministério da Saúde. Disponível em:. Acesso em: 13 jul. 2007.
______.Ministério da Saúde. Redes Estaduais de Atenção à Saúde do Idoso: guia operacional e portarias relacionadas. Brasília, 2002. Disponível em:. Acesso em: 20 mar. 2007.
CANÇADO, Flávio Aluízio Xavier et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

DUARTE, Yeda Aparecida de Oliveira. Princípios de Assistência de Enfermagem Gerontológica. In: PAPALÉO NETTO, Matheus. Gerontologia: A Velhice e o Envelhecimento em Visão Globalizada. São Paulo: Atheneu, 2002.

Responsável pela publicação: Grupo 05 (Monalisa Oliveira, Ruth Francielle, Samantha Rocha)

As diversas áreas da enfermagem

A enfermagem é uma área extremamente ampla, entretanto, para além da enfermagem geral ainda existem diversas ramificações. As especialidades reconhecidas pelo COFEN na Resolução nº 389 de 2011, são:

1. Enfermagem Aeroespacial
2. Enfermagem em Auditoria e Pesquisa
3. Enfermagem em Cardiologia
3.1. Perfusionista
3.2. Hemodinâmica
4. Enfermagem em Centro Cirúrgico
4.1. Central de Material e Esterilização
4.2. Recuperação pós anestésica
5. Enfermagem Dermatológica
5.1. Estomaterapia
5.2. Feridas
5.3. Ostomias
6. Enfermagem em Diagnostico por Imagens
7. Enfermagem em Doenças infecciosas e parasitarias
8. Educação em Enfermagem
8.1. Metodologia do Ensino Superior
8.2. Pesquisa
8.3. Docência no Ensino Superior
8.4. Projetos Assistenciais de Enfermagem
8.5. Docência para Educação Profissional
9. Enfermagem em Endocrinologia
10. Enfermagem em Farmacologia
11. Enfermagem em Gerenciamento/Gestão
11.1.Gestão da Saúde;
11.2.Gestão de Enfermagem
11.3. Gestão em Homecare
11.4. Administração Hospitalar
11.5. Gestão de Programa de Saúde da Família
11.6. Gestão Empresarial
11.7. Gerenciamento de Serviços de Saúde
11.8. Gestão da Qualidade em Saúde
12. Enfermagem em Hanseníase
13. Enfermagem em Hematologia e Hemoterapia
14. Enfermagem em Hemoterapia
15. Enfermagem em Infecção Hospitalar
16. Enfermagem em Informática em Saúde
17. Enfermagem em Legislação
17.1. Ética e Bioética
17.2. Enfermagem Forense
18. Enfermagem em Nefrologia
19. Enfermagem em Neurologia
20. Enfermagem em Nutrição Parenteral e Enteral
21. Enfermagem em Oftalmologia
22. Enfermagem em Oncologia
23. Enfermagem em Otorrinolaringologia
24. Enfermagem em Pneumologia Sanitária
25. Enfermagem em Políticas Públicas
26. Enfermagem em Saúde Complementar
27. Enfermagem em Saúde da Criança e do Adolescente
27.1. Neonatologia
27.2. Pediatria
27.3. Ebiatria
27.4. Saúde Escolar
27.4. Banco de Leite Humano
28. Enfermagem em Saúde da Família
29. Enfermagem em Saúde da Mulher
29.1. Ginecologia
29.2. Obstetrícia
30. Enfermagem em Saúde do Adulto
31. Enfermagem em Saúde do Homem
32. Enfermagem em Saúde do Idoso
32.1 - Gerontologia
33. Enfermagem em Saúde Mental
34. Enfermagem em Saúde Pública
34.1. Saúde Ambiental
35. Enfermagem em Saúde do Trabalhador
36. Enfermagem em Saúde Indígena
37. Enfermagem em Sexologia Humana
38. Enfermagem em Terapias Holísticas Complementares
39. Enfermagem em Terapia Intensiva
40. Enfermagem em Transplantes
41. Enfermagem em Traumato-Ortopedia
42. Enfermagem em Urgência e Emergência
42.1. Atendimento Pré-hospitalar
42.2. Suporte Básico de Vida
42.3. Suporte Avançado de Vida
43. Enfermagem em Vigilância
43.1. Sanitária
43.2. Epidemiológica
44. Enfermagem offshore e aquaviária

Referência:

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Constituição (2011). Resolução nº 389, de 18 de outubro de 2011. Especialidades/residencia de Enfermagem: ÁREAS DE ABRANGÊNCIA. Brasília, 2011.

Responsável pela publicação: Grupo 05 (Monalisa Oliveira, Ruth Francielle, Samantha Rocha)

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Violência Obstétrica


 “Quando chegou o momento do parto eu gritava ‘me ajuda! ’. Uma enfermeira debochava de mim e caçoava: ‘Vai lá, ajuda ela’. E todos riam”.
- Silvia Moreira Gouvea, dona de casa e mãe de Davi e Daniel.
“A médica fez uma episiotomia sem que eu soubesse e, enquanto dava os pontos, ela ia explicando para cinco alunos presentes como era o tecido do meu períneo. Me senti uma cobaia humana”.
- Elisângela Alberta de Souza, esteticista e mãe de Cecilia, Pedro e Ester.
“Durante uma contração, eu baixei a perna e, sem querer, sujei o chão que o obstetra estava limpando. Em resposta, ele bateu no meu joelho”.
- Cristiane Fritsch, psicóloga e mãe de Iago. 
Esses relatos que você acaba de ler são de mulheres que foram vítimas de violência no parto. Infelizmente, 25% das mulheres que tiveram filhos pelas vias naturais na rede pública e privada sofreram violência obstétrica no Brasil, de acordo com uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo.  Apesar de a pesquisa se restringir ao parto normal, a violência também pode acontecer em uma cesárea. Os abusos mais citados pelas mulheres no levantamento foram:
·         Se negar ou deixar de oferecer algum alívio para a dor;
·         Não informar a mulher sobre algum procedimento médico que será realizado;
·         Negar o atendimento à paciente;
·         Agressão verbal ou física por parte do profissional da saúde. 

 Comentário:
A violência obstétrica é mais uma evidência de como as mulheres sofrem cotidianamente com os conceitos que a sociedade insiste em manter, ver a mulher como um objeto de reprodução que simplesmente tem que suportar dores horríveis e se manter calada, ter seu corpo dilacerado, o que deixará marcas irreversíveis, pois “na hora de fazer ela não achou ruim”. A parte mais triste disso é o fato de profissionais diplomados, e que deveriam ter total respeito para com seus pacientes, cometerem atos tão desumanos, atos que até o mais leigo de todos pode ver e entender o quão absurdo são.
O parto violento deixa marcas físicas e psicológicas que perduram por toda a vida, um momento que para muitas mulheres é de felicidade e pleno amor se transforma em um pesadelo onde tanto elas quanto seus bebês estão a mercê de profissionais negligentes e tem seus corpos tomados como objetos nas mãos dessas pessoas. Esses casos nos levam a refletir sobre os índices de violência contra a mulher, não é sempre que vemos notícias informando casos de homens sofrendo alguma violência durante quaisquer procedimentos médicos, seriam as mulheres vistas como insignificantes e propriedade da sociedade? O que se passa na cabeça dessas pessoas, que em sua maioria, como no caso da enfermagem (enfermeiras/os, técnicos/as de enfermagem e auxiliares de enfermagem), são mulheres e que possivelmente também são ou serão mães?
É vergonhosa essa conduta abusiva para com as mulheres, precisamos ter uma construção profissional humanizada para que os profissionais compreendam de uma vez por todas que, independente de qualquer, coisa ali na mesa de parto são seres humanos e merecem todo o respeito e compreensão.


Responsável pela publicação: Grupo 05 (Monalisa Oliveira, Ruth Francielle, Samantha Rocha)

Lei contra violência obstétrica: mulher, agora você é mãe, conheça os seus direitos!


O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, sancionou uma lei contra a violência obstétrica no estado, publicada no Diário Oficial na quinta-feira (19). Agora, são considerados violência obstétrica atos praticados por médicos e outros profissionais de saúde ou familiares que ofendam, verbal ou fisicamente, as gestantes, parturientes ou mulheres em recuperação após o parto.
Com isso, passa a ser considerada ofensa física ou verbal tratar a gestante ou parturiente de forma agressiva, grosseira ou de maneira que ela se sentir mal. Também é considerado agressão fazer graça ou recriminar a mulher por gritar, chorar, ter medo, vergonha ou dúvida.

Procedimentos:
Fazer a mulher acreditar que é necessária cesariana quando não for; impedir que ela seja acompanhada por alguém de sua preferência também se enquadra nesta lei.
Além disso, entra neste rol, submeter a mulher a procedimentos como lavagem intestinal e raspagem de pelos pubianos.

Outra conduta considerada ofensiva é a realização de exame de toque por mais de um profissional bem como deixar de aplicar anestesia mesmo sendo necessário.
Um aspecto mencionado ainda nesta lei contra violência obstétrica é a proibição de qualquer procedimento sem pedir antes permissão ou explicar de forma simples a necessidade do que está sendo feito, além de impedir a mulher de ter o bebê ao seu lado no alojamento conjunto para amamentar em livre demanda.

Direito à informação:

Outra violência considerada pela lei está deixar de informar a mulher com 25 anos ou mais com mais de dois filhos sobre o direito à realização de ligadura de trompas oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Conforme a lei, a Secretaria de Estado da Saúde deve elaborar a Cartilha dos Direitos da Gestante e da Parturiente.


Responsável pela publicação: Grupo 05 (Monalisa Oliveira, Ruth Francielle, Samantha Rocha)

ENFERMEIROS (AS) E USO ABUSIVO DE DROGAS: COMPROMETENDO O CUIDADO DE SI E DO OUTRO.


Há estudos que apontam médicos e enfermeiros como mais suscetíveis à dependência de determinadas drogas devido à maior possibilidade de autoadministração, pois têm livre acesso a essas substâncias em seu cotidiano de trabalho, sendo responsáveis ainda pelo seu armazenamento e controle. Muitas vezes as drogas são utilizadas na tentativa de minimizar ou reverter a síndrome de desgaste profissional. Com isso desenvolvem outros desequilíbrios e infringem os preceitos éticos e estéticos da profissão, pois o efeito da droga altera o comportamento, o raciocínio lógico, a tomada de decisões e a execução de procedimentos especializados, colocando em risco a vida das pessoas sob seus cuidados e comprometendo a sua própria saúde.
Ainda se destacando entre eles os profissionais de enfermagem, que detêm os conhecimentos sobre os efeitos diretos e indiretos dessas substâncias e das consequências que o uso das drogas lícitas pode trazer para a sua saúde e para a sociedade. Em um estudo sobre o uso de drogas na enfermagem, identificou - se que a maioria dos usuários desenvolviam uma segunda jornada de trabalho no lar, não praticavam lazer e apresentavam sentimentos positivos em relação ao trabalho; todavia, consideravam o ambiente de trabalho estressante. Falavam que conheciam os efeitos dos psicofármacos e consideravam os problemas psíquicos o fator principal para o uso dos mesmos. Porém, relatavam que o motivo dos problemas eram a família dos sujeitos usarem psicofármacos, sendo que os ansiolíticos foram os mais usados, a maioria com prescrição médica.
Num estudo realizado em um hospital universitário para identificar o nível de estresse e os transtornos psicossomáticos auto atribuídos, constatou-se que os fatores desencadeadores de estresse foram: o controle excessivo por parte da instituição; dificuldades nas relações interpessoais; inobservância da ética pelos colegas; atividades rotineiras e repetitivas; excessivo número de pacientes; clima de sofrimento e morte; salários insuficientes; falta de lazer; falta de apoio e reconhecimento pela instituição entre outros. Os sintomas psicossomáticos predominantes foram: cansaço, tensão muscular, nervosismo, irritabilidade, dor lombar, ansiedade, tensão pré-menstrual, cefaleias, problemas de memória, depressão, entre outros. Diante desses resultados, observa-se a necessidade de se buscar estratégias para reduzir os fatores de estresse no trabalho, promovendo a saúde e qualidade de vida do trabalhador.


Comentário:
         A jornada de trabalho exaustiva vivida pelos profissionais da área de saúde não é nada novo, sabe-se a muito tempo que essa é uma área de atuação estressante e desgastante, principalmente para as enfermeiras, que recebem salários indignos enquanto exercem trabalhos pesados, nem ao menos existe um piso salarial para essas profissionais.
         Na tentativa de aliviar todas essas frustrações profissionais, e de certo modo pessoais, muitas (os) dessas (os) profissionais usam de meios indevidos e prejudiciais para sua saúde e de seus pacientes, começam a buscar alívio por meio do uso de drogas lícitas e ilícitas, seja as quais tem acesso no meio de trabalho, como antidepressivos e narcóticos, ou encontradas no meio social, álcool, maconha, cocaína, dentre outros.
Isso remete a uma reflexão sobre as condições de trabalho com carga horária excessiva, desrespeito seja por pacientes, por superiores ou colegas de trabalho e o que se deve fazer perante isso. Leva a indagar a importância de consolidar a lei das 30 horas semanais, a aprovação de um piso salarial e a valorização do profissional, reconhecer suas ações e compreender que a hegemonia (biomédico) não pode mais estar presente no ambiente de trabalho, colocando um profissional acima do outro.
         Não dá para continuar subentendendo essa realidade, são fatos comprovados e mais do que nunca se faz necessária a mudança desse cenário, atender as necessidades desses profissionais é pensar em toda a sociedade que precisa do atendimento realizado pelos mesmos e assim uma coisa vai levando a outra, é mudar algo pensando no geral. Além disso, é fundamental que haja parceria no ambiente de trabalho, muitas vezes os colegas percebem esses acontecimentos, mas se fazem indiferentes, ou por não quere expor o colega, ou a instituição, mas isso precisa mudar para que seja possível ajudar esses profissionais que estão fragilizados física e psicologicamente.

Responsável pela publicação: Grupo 05 (Monalisa Oliveira, Ruth Francielle, Samantha Rocha)

PESQUISANDO POR AI...

GRUPOS DE PESQUISAS OFERECIDOS NA ESCOLA DE ENFERMAGEM

É de conhecimento geral que a Universidade não é um local apenas de conhecimento interno ou cientifico, a Universidade é constituída de relações interpessoais entre os próprios alunos, e também por parte daquele estudante que transmite um pouco do seu conhecimento a comunidade, valorizando esse olhar do aluno para a comunidade, a universidade cria os tão famosos grupos de pesquisa, que são basicamente alunos reunidos em torno de um tema de afinidade em comum com orientação por parte de um docente que pretende investigar, estudar, refletir e auxiliar a comunidade de alguma maneira.

Esses grupos são de extrema importância para agregar um "peso" ao seu currículo, como para conhecimento pessoal mesmo, ter a certeza de que é aquela área que você quer seguir e tudo mais. Mas, para os que ainda não tem a mínima noção do que querem não se preocupem, na maioria deles é possível a entrada de maneira tranquila e caso você não se identifique, sair não é nenhum bicho de sete cabeças!

E a nossa escola de enfermagem não poderia ficar fora dessa não é mesmo?!

Então preparamos uma listinha dos grupos que estão disponíveis em nossa escola:

Grupos
Líderes
Site do grupo no CNPQ
ATIVAR - Atenção interdisciplinar no cuidado às afecções respiratórias e gestão de serviços de DRC
Maria Teresa Brito Mariotti de Santana e Carolina de Souza Machado
CRESCER
Climene Laura de Camargo e Marinalva Dias Quirino
Educação, Ética e Exercício da Enfermagem
Darci de Oliveira Santa Rosa e Josicelia Dumet Fernandes
GECEN - GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISA SOBRE O CUIDAR EM ENFERMAGEM
Álvaro Pereira e Adriana Valéria da Silva Freitas
GEM - Grupo de Estudos sobre Saúde da Mulher
Silvia Lúcia Ferreira e Edméia de Almeida Cardoso Coelho
GERIR/Núcleo de pesquisa em políticas, gestão, trabalho e recursos humanos em enfermagem e saúde coletiva
Cristina Maria Meira de Melo e Norma Fagundes
GISC - GRUPO INTERDISCIPLINAR SOBRE O CUIDADO A SAÚDE CARDIOVASCULAR
Fernanda Carneiro Mussi
Grupo de Pesquisa em Sexualidades, Vulnerabilidades, Drogas e Gênero
Mirian Santos Paiva e Jeane Freitas de Oliveira
NESPI - NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISA DO IDOSO
Tania Maria de Oliva Menezes
Violência, Saúde e Qualidade de Vida
Normélia Maria Freire Diniz e Maria do Rosário de Menezes
Ps: Alguns dos grupos que estão presentes no site e não na publicação não estão ativos, por isso foram retirados.

Fonte:
Escola de enfermagem, núcleos e grupos, Disponível em: <http://www.enfermagem.ufba.br/index.php?/pesquisa_nucleos>. Acesso em: 27 de janeiro de 2017.

Responsável pela publicação: Grupo 05 (Monalisa Oliveira, Ruth Francielle, Samantha Rocha)

TRATAMENTO DE QUEIMADURA COM COURO DE PEIXE

Isso mesmo caros leitores vocês não leram errado!

Essa pesquisa com curativo biológico é realizada desde 2014, mas a aplicação em pessoas se iniciou no ano de 2016 e possui vantagens com relação ao tratamento usual.

O hospital Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza, já utiliza o método de tratamento de queimadura com pele de peixe em 56 pacientes. O tratamento com o "curativo biológico" é aplicado em pessoas desde 2016, no Núcleo de Queimados da unidade.

Uma das pacientes foi Letícia Basiliano, que sofreu uma queimadura de 3º grau com gasolina em 2016. A mãe da paciente aprovou o método: “Seria urgente uma reconstituição de pele na barriga da minha filha. E isso nos causava muito sofrimento.No começo ficamos apreensivas quanto ao resultado, mas graças a esse tratamento não foi necessário uma cirurgia de enxerto de pele”.

O tratamento é desenvolvido há dois anos no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará (UFC), com participação de pesquisadores do Ceará, Pernambuco e Goiás. De acordo com os pesquisadores, a curativo com base em animais aquáticos é inédito no mundo.

O coordenador da pesquisa, médico Edmar Maciel, explica que além, da eficiência, a pele da tilápia reduz os custos do atendimento. "Trata-se de um curativo biológico temporário com o objetivo de fechar a ferida evitando a contaminação de fora para dentro, a desidratação e as trocas diárias de curativos, que ocasionam desconforto e dor aos pacientes e,em consequência reduz os custos do tratamento". O procedimento é utilizado em queimaduras de 2º grau profundo e 3°grau.

Ainda de acordo com os pesquisadores, as primeiras etapas do estudo mostraram que a utilização clínica do pele da tilápia era propícia, tendo em vista as semelhanças do material com a pele humana, como grau de umidade, alta qualidade de colágeno e resistência.

Testes em animais terrestres também descartaram possíveis riscos de contaminação com a técnica que, de acordo com os realizadores, tem mais poder de cicatrização que os métodos convencionais e reduz a sensação de desconforto, dor, perda de líquido e ocorrência de infecção.

TILÁPIA CONTRA QUEIMADURA

Couro é testado em estudo pré-clínico



De onde vem
Os peixes usados no estudo são cultivados em um açude em Jaguaribara (CE), a 250 km de Fortaleza

Retirada da pele
De cada peixe é possível extrair 400 cm2 de pele. O material removido é lavado para a retirada de resquícios de tecidos musculares

Limpeza
A pele da tilápia é colocada em banho-maria dentro de uma solução para a descontaminação


Radiação
O couro é armazenado em envelopes esterilizados. No Instituto de Pesquisas em Energias Nucleares da USP, ele é irradiado por cobalto 60, que libera ondas eletromagnéticas capazes de exterminar organismos vivos

Testes
Em testes com 40 camundongos, o couro da tilápia provocou a cicatrização em tempo igual ao de pomadas disponíveis e também amenizou as dores, diminuiu a perda de líquido e reduziu o risco de infecção

Comentário: Um tratamento inovador, de resposta surpreendente e com um material, que o Brasil como pioneiro nessa tecnologia, possui em grande abundância, traz um novo sentimento à aquelas pessoas que passaram por um trauma tão grande que é o trauma de ser queimado, esse novo método traz consigo a emoção da inovação e calma de um método que é eficaz e menos doloroso do que o tradicional.
Ah, pessoal! Pra quem tiver interesse em ver como fica na pele humana deixarei um link aqui em baixo, pois não quis colocar a imagem direta por respeito as pessoas que podem achar a imagem forte.


Fonte:
Folha de São Paulo, Cientistas Brasileiros Testam couro da tilápia contra queimaduras, Disponível em:  <http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2016/03/1755831-cientistas-brasileiros-testam-couro-da-tilapia-contra-queimaduras.shtml>. Acesso em: 29 de janeiro de 2017
Globo.com, Curativo de pele de tilápia é usado em 30 pacientes queimados no Ceará, Disponível em: <http://g1.globo.com/ceara/noticia/2016/11/curativo-de-pele-de-tilapia-e-usado-em-30-pacientes-queimados-no-ceara.html>. Acesso em: 29 de janeiro de 2017
Globo.com, Tratamento de queimadura com pele de peixe é usado em 56 pacientes, Disponível em: <http://g1.globo.com/ceara/noticia/2017/01/tratamento-de-queimadura-com-pele-de-peixe-e-usado-em-56-pacientes.html> Acesso em: 29 de janeiro de 2017

Responsável pela publicação: Grupo 05 (Monalisa Oliveira, Ruth Francielle, Samantha Rocha)