Com a medida do Ministério da Saúde, Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares conta, agora, com 19 terapias
Em 2016,
mais de 2 milhões de atendimentos das PICs foram realizados em Unidades Básicas
de Saúde.
O Ministério da Saúde incluiu,
nesta terça-feira (28), 14 novos tratamentos que utilizam recursos terapêuticos
baseados em conhecimentos tradicionais à Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares (PICs) do Sistema Único de Saúde (SUS). Os
procedimentos são voltados à cura e prevenção de doenças como depressão e
hipertensão.
Com a medida, o SUS passa a
ofertar 19 dessas práticas: homeopatia, Medicina Tradicional
Chinesa/acupuntura, medicina antroposófica, plantas medicinais e fitoterapia e
termalismo social/crenoterapia, arteterapia, ayurveda, biodança, dança
circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia,
reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa e yoga.
A inclusão complementa a
portaria nº 145/2017, publicada em janeiro deste ano, que incluiu no rol de
procedimentos do SUS as práticas integrativas de arteterapia, meditação,
musicoterapia, tratamento naturopático, tratamento osteopático, tratamento
quiroprático e Reiki.
Esses procedimentos já eram
oferecidos por vários municípios brasileiros, de acordo com dados do Programa
de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ-AB), mas, com as
inclusões, o Ministério da Saúde passou a ter informações qualificadas dessas
práticas.
A Portaria nº 145/2017 também
renomeou procedimentos que já estavam no rol das PICs para facilitar a
identificação, pelos gestores, dos procedimentos nos sistemas de informação do
SUS.
As novas nomenclaturas são para
terapia comunitária, dança circular/biodança, yoga, oficina de
massagem/automassagem, sessão de auriculoterapia, sessão de massoterapia, e
tratamento termal/crenoterápico.
Atendimento alternativo
Desde a implantação das PICs,
em 2006, a procura e o acesso dos usuários do SUS a esses procedimentos cresceu
e, em 2016, mais de 2 milhões de atendimentos das PICs foram realizados nas
Unidades Básicas de Saúde de todo o País.
Desses, 770 mil foram de
medicina tradicional chinesa, 85 mil de fitoterapia, 13 mil de homeopatia e 923
mil de outras práticas integrativas que ainda não possuíam código próprio para
registro e que passaram a fazer parte do rol no início do ano.
Atualmente, 1,7 mil municípios
oferecem práticas integrativas e complementares. A distribuição dos serviços
está concentrada em 78% na atenção básica, 18% na atenção especializada e 4% na
atenção hospitalar.
Mais de 7,7 mil
estabelecimentos de saúde ofertam alguma prática integrativa e complementar, o
que representa 28% das Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Os recursos para as PICs
integram o Piso da Atenção Básica (PAB) de cada município. Em 2016, o
investimento do Ministério da Saúde na Atenção Básica foi de R$ 16,7 bilhões
para todo o País.
Tratamentos específicos, como
acupuntura, recebem outro tipo de financiamento, que compõe o bloco de média e
alta complexidade, que, no ano passado, teve investimento total de R$ 45,2
bilhões. Estados e municípios também podem instituir sua própria política,
considerando suas necessidades locais, sua rede e processos de trabalho.
Responsável pela publicação: Grupo 15 (Fernanda Castro e Vanessa Di Piero)