A Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia
(EEUFBA), completará em 22 de janeiro, 71 anos de sua fundação. Instituída pelo
Decreto-Lei 8779, de 22 de janeiro de 1949 e foi incorporada a Universidade
Federal da Bahia (UFBA) em 1947, pelo Decreto 22.637. EEUFBA foi a primeira
escola para a formação de enfermeiras na Bahia e no Nordeste, sendo a 3o escola
de enfermagem no Brasil.
O Brasil, vivia na década de 40, um incipiente processo de
industrialização, impactando em todos os setores da sociedade, inclusive na
saúde, com o movimento de organização de novos hospitais e de reorganização de
outros hospitais públicos. Neste
cenário, o Hospital das Clínicas da Bahia, no término da sua construção, era
preparado para entrar em funcionamento, o que exigia enfermeiras qualificadas
para a composição do seu quatro de pessoal. Sendo assim, o então reitor da
universidade da Bahia, professor Edgar Santos entendeu que um novo modelo de
hospital-escola exigia a presença de enfermeiras de “alto padrão”.
O então reitor da Universidade da Bahia, doutor Edgar
Santos, convidou para dirigir essa escola a enfermeira baiana dona Haydée
Guanais Dourado, que possuía o perfil necessário para o desempenho da honrosa e
difícil incumbência recebida. Dona Haydée era graduada em enfermagem pela
Escola Anna Nery; especialista em pedagogia, didática e administração de
enfermagem pela Universidade de Toronto/Canadá; bacharel em ciências políticas
e sociais pela Escola de Sociologia e Política da Universidade de São Paulo;
membro do corpo docente da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo
(USP).
O curso teve início no dia 12 de março de 1947 e a diretora
da escola Haydeé Guanais, proferiu a aula inaugural sobre História da
Enfermagem. O excelente desempenho acadêmico das estudantes nas, então de
denominadas, matérias básicas logo circulou na Universidade, criando um clima saudável
e de seriedade entre as acadêmicas, além de uma boa reputação do curso que se
iniciava. As instalações físicas da
diretoria da Escola limitavam-se, a princípio, à própria antessala do gabinete
do reitor e, com o início do curso, recebeu uma sala nas dependências do
Hospital das Clínicas, local este que servia, também, de hospedagem para as
novas professoras. Somente depois de três anos da implantação do curso, seria a
Escola de Enfermagem transferida para o prédio de sete andares, onde se
encontra até hoje.
Calcula-se que o currículo tenha tido uma carga horária de mais de 5.000 horas e que foi integralizado em quatro anos de duração. Como disciplina extracurricular, as estudantes tinham a oportunidade de estudar inglês em cursos ministrados por voluntários da colônia americana. A frequência a concertos de música erudita e de outras atividades culturais era feita como parte da formação geral da futura enfermeira.
Com a promulgação da Lei 775/49 e seu Regulamento nº. 27.426/49, o ensino em enfermagem torna-se matéria de Lei, com predominância de carga horária para disciplinas de biomédicas, com limitação para as disciplinas e caráter social. Tal proposta contrariava, inclusive, as recomendações do IV Congresso Nacional de Enfermeiras, realizado em Salvador, em 1950, que apontava “a necessidade de acentuar-se o ponto e vista das medidas preventivas em saúde, em todas as matérias.
Calcula-se que o currículo tenha tido uma carga horária de mais de 5.000 horas e que foi integralizado em quatro anos de duração. Como disciplina extracurricular, as estudantes tinham a oportunidade de estudar inglês em cursos ministrados por voluntários da colônia americana. A frequência a concertos de música erudita e de outras atividades culturais era feita como parte da formação geral da futura enfermeira.
Com a promulgação da Lei 775/49 e seu Regulamento nº. 27.426/49, o ensino em enfermagem torna-se matéria de Lei, com predominância de carga horária para disciplinas de biomédicas, com limitação para as disciplinas e caráter social. Tal proposta contrariava, inclusive, as recomendações do IV Congresso Nacional de Enfermeiras, realizado em Salvador, em 1950, que apontava “a necessidade de acentuar-se o ponto e vista das medidas preventivas em saúde, em todas as matérias.
Referências: www.enfermagem.ufba.br; www.ufba.com.br;
Fernandes JD, Silva RMO, Calhau LC. Educação em enfermagem no Brasil e na
Bahia: o ontem, o hoje e o amanhã. Disponível em revista.portalcofen.gov.br.
Responsável pela publicação: Grupo 03 (Daniela Bispo, Jamile Amorim, Thalita Barreto).
Que a Escola comemore muitos outros aniversários juntamente com a UFBA, para juntas formarem profissionais cada vez mais críticos e engajados em lutas sociais, nunca estando a parte do que acontece fora da sala de aula. E que a estrutura física do prédio expanda-se cada vez mais, como a atual dedicação do Diretório Acadêmico para que tenhamos uma xerox no prédio. E, por fim, que as atividades culturais voltem a fazer parte da formação das futuras enfermeiras, não limitando-se aos conhecimentos biomédicos!
ResponderExcluirA nossa escola é realmente um lugar lindo de se viver ! As pessoas, os professores, o convívio social existente juntamente com a harmonia são fatores que me estimulam cada vez mais !! Vida longa a EEUFBA !! E que possamos cada vez mais adquirir benefícios, a luta pela xerox, por uma maior eficiência dos aparelhos de ar condicionado. A luta continua !!
ResponderExcluirA EEUFBA é uma importante aquisição histórica para a sociedade e para tanto merece valorização e preservação. É fato que muitas mudanças ocorreram na sociedade com o processo da industrialização e da tecnologia e para tanto a Escola adequou-se de maneira a preservar a qualidade do ensino. Entretanto lutas ainda continuam como pontuado pelas colegas acima espaço de xerox e o caráter europeu ainda persistente no curso.
ResponderExcluirEu não conhecia a história da escola de enfermagem da UFBA. Muito interessante. Boa percepção em fazer a postagem agora.
ResponderExcluirAtravés da história da EEUFBA, Infelizmente, percebe-se, mais uma vez, que a enfermagem aparece na necessidade de completar o quadro de um hospital escola. Não como uma profissão essencial para o cuidado humano.
Contudo, nota-se que antigamente o ensino buscava desenvolver um profissional diferenciado, mostrando para ele que à saúde vai muito além da doença, existindo também a cultura e o lazer como formadores do(a) enfermeiro(a).
É triste observar que o modelo biomédico, mais uma vez prevalece, e, através da legislação limita as atividades na EEUFBA para disciplinas biomédicas.
Há pouco tempo, pôde-se perceber a iniciativa de alguns docentes na tentativa de quebrar essas barreiras e desenvolver uma formação mais humanística e interdisciplinar, o que acredito ser a melhor formação para um profissional hoje.
Interessante como surgiu a escola de enfermagem da ufba, não conhecia sua história, interessante que ela iniciou-se em uma ante-sala do gabinete do reitor e tomou uma proporção enorme ao longo do tempo, isso tudo acredito que com muito esforço e por acreditar no curso, o que deve servir de inspiração para todas as pessoas que cursam enfermagem.
ResponderExcluirEu não conhecia a história da escola de enfermagem da ufba, mas com o pouco tempo em que frequento a mesma, puder perceber o quanto ela se fez grandiosa e suas mudanças, não só quanto ao fator físico e sim no processo de ensino e na tentativa de formar bons profissionais, que só acrescente a profissão. Espero que a escola complete muitos anos mais, que se mantenha em transformação e a qualidade.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito interessante como surgiu a escola de enfermagem da ufba, e como é grarificante vê-la crescendo e formando profissionais capacitados pra exercer sua profissão de maneira honrosa. Que possamos comemorar muitos outros aniversário da escola de enfermagem, lutando sempre por sua melhoria e prestígios.
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