As categorias de Enfermagem são a linha de frente do
atendimento nos serviços de saúde.
Segundo o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) de São
Paulo, mais de 70% dos profissionais já foram, de alguma forma, agredidos. Uma
pesquisa feita pelo órgão, “Sondagem sobre Violência aos Profissionais de
Enfermagem de São Paulo” demonstrou que 87,51% dos profissionais não
registram queixa à polícia, 12,49% não levam o caso adiante e só 4,68 obtêm
sucesso na resposta.
Veja algumas das principais causas de agressão:
- Espera para marcar consulta
- Falta de médicos
- Falta de medicamentos
- Falta de equipamentos disponíveis para exames específicos
Referências: COREN SP e COREN BA.
Responsável pela publicação: Grupo 03 (Daniela Bispo, Jamile Amorim, Thalita Barreto).
As barreiras encontradas ns serviços de saúde entre elas a ausência de médicos, longos períodos e filas para atendimento dificultam a relação paciente-enfermagem que por muitas vezes torna-se violenta. Mas o fato é que pouco se fala e discute em sociedade os casos de violência contra os profissionais de saúde dificultando possíveis ações contra o agravo e o reconhecimento a importância da denúncia. Além do mais muitos profissionais não reconhece os tipos agressões sofridas passando a considerar apenas físicas.
ResponderExcluirInfelizmente, isso não se restringe à área de saúde. Normalmente, quem toma a linha de frente de serviços é quem sofre com a violência, mesmo que, muitas vezes, o motivo que gerou a violência do agressor não tenha a ver com a atitude do trabalhador. Más condições de trabalho, faltas em geral (como médicos, medicamentos e equipamentos no caso da postagem) e coisas do tipo fogem ao controle dos enfermeiros e dos médicos e refletem uma má gestão do estabelecimento de saúde, algo que, normalmente, está bem acima deles. Porém é muito difícil que um paciente, num momento de estresse e que não tenha pensado sobre o assunto, chegue a essa conclusão.
ResponderExcluirEssas violências devem, sim, ser denunciadas, por que não vejo nada que as justifique – ignorância não é justificativa para mim. Além disso, caso possível, alertar às pessoas que essas questões não são de competência desses profissionais de saúde. O que é da competência está sendo cumprido, mesmo em meio às dificuldades.
É vergonhoso para o povo essas situações, e completamente desnecessário e embaraçoso, além de desrespeitoso e violento. Profissionais que trabalham com o povo - sejam como clientes, sejam como pacientes - tendem a sofrer uma grande quantidade de violência, tanto física quanto psicologicamente e moralmente. No geral, o profissional está apenas fazendo - ou tentando fazer - o seu trabalho. Isso é triste. Ainda mais triste é que o profissional muitas vezes não reconhece a violência contra si, ou acha que deve ignorar, ou até fica com medo de perder o emprego ou ser perseguido, depois.
ResponderExcluirO enfermeiro, principalmente o que se encontra na linha de frente do atendimento, não é o gestor dos serviços oferecidos aos pacientes, tendo este a função - dentro dos hospitais e clínicas que são os locais onde mais sofrem as violências expostas - de de direcionar o atendimento e orientar os pacientes que chegam ao local de atendimento. Denunciar esses abusos é uma forma de diminuir a sua prevalência no ambiente de trabalho do enfermeiro, desvinculando o profissional do papel errôneo de polivalente. Existem auditorias responsáveis por atender às reclamações e sugestões dos insatisfeitos. Se o enfermeiro puder realizar seu trabalho de forma plena, o fluir do atendimento será muito melhor, além da devida manutenção das suas capacidades psicológicas, tendo em vista que estas são prejudicadas pela violência sofrida.
ResponderExcluirEsse tema é bastante complexo, pois é necessário analisar a atual situação da sociedade.
ResponderExcluirÉ muito comum vermos as pessoas exaltando a voz para seus iguais, ou os enxergados como iguais e abaixando a cabeça para os superiores. Isso talvez seja reflexo de centenas de anos de repressão, quer seja pela escravidão, pela ditadura ou pelo sistema econômico.
Nesse contexto, percebe-se que a enfermagem, ainda é uma profissão desvalorizada. Assim, muitos pacientes desrespeitam esses profissionais por acharem que as consequências desse ato ou não existirão ou serão menores do que desrespeitar uma pessoa considerada superior.
Primeiro, é extremamente importante o profissional de enfermagem denunciar qualquer tipo de agressão para que isso seja um chamariz para as autoridades públicas, no intuito de compreender que medidas precisam ser tomadas, e também seja um alerta para os pacientes, os quais pensarão duas vezes antes de agredir esse profissional.
Segundo, acredito que a população precisa ser orientada sobre o que realmente acontece na área de saúde. É preciso explicar que a complexidade da organização de um sistema hospitalar está muito além da função do enfermeiro(a). Essa orientação poderia partir dos próprios enfermeiros(as) nas salas de espera, propagandas televisivas, panfletagens, etc.
Dessa forma, acredito que esses índices de violência contra o enfermeiro(a) reduziriam muito e trariam mais respeito e valorização dessa profissão.
Acredito que a violência não é gerada por um atendimento ruim do profissional de saúde, e sim por outros fatores que foram listados acima. Li que ha uma iniciativa que pode ajudar a melhorar esses quadros que é a implementação do projeto Humaniza SUS. O programa nacional que prevê, entre outras ações, a redução do tempo de espera para atendimento, com a ampliação do acesso aos tratamentos, valorização dos trabalhadores da saúde e a capacitação de médicos e enfermeiros para melhorar a relação com os pacientes.
ResponderExcluirEsse é um tema bastante delicado, mas o que é mais me surpreendeu na publicação foi o número de pessoas que não registram queixas, o que me faz pensar em qual seria o motivo para que isso aconteça. Talvez por medo de perder o seu emprego, os (as) enfermeiros(as), prefiram seguir sem declara o que de fato acontece, o que pode mudar até mesmo os dados de violência, que podem ser bem maior do que se imagina.
ResponderExcluirInfelizmente é uma situação muito comum na área da saúde. Os pacientes, geralmente desesperados, aflitos, com medo da enfermidade que possuem, não pensam antes de agir e cometem agressões físicas e verbais. Muitos, por falta de informação ou por serem ignorantes (no sentido denotativo) não compreendem que falta de medicamentos, utensílios médicos, ausência de uma equipe completa de saúde que atenda toda a demanda, são problemas do próprio sistema de saúde e não dos profissionais. Faz necessário um investimento maior na segurança, além de incentivar os enfermeiros e todos os trabalhadores da saúde a realizarem denúncias, contribuindo assim, para diminuir os casos de violência.
ResponderExcluirSituação terrível e muito comum no dia a dia desses profissionais. Já presenciei uma cena de violência num posto de saúde há alguns anos e é revoltante a insegurança em que vivem os médicos, enfermeiros, auxiliares e até mesmo recepcionistas. Seja por falta de medicamento, pelo tempo de espera e, muitas vezes, pela perda de um ente querido, as pessoas se acham no direito de agredir aquele que está cumprindo seu dever em ambiente de trabalho, como se fosse resolver a questão que lhe incomoda.
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ResponderExcluirÉ triste saber que os profissionais ainda hoje passam por muitas situações de agressão e até mesmo humilhação em seu ambiente de trabalho. No sistema de saúde a situação muitas vezes é ainda mais delicada, considerando que o usuário que chega a cometer algum tipo de violência muita vezes está desesperado ou indignado. Esse indivíduo teria o esclarecimento para discernir que o profissional que está realizando o atendimento não é responsável direto pela situação? Ou que não é ele que responde pela gestão e organização?
ResponderExcluirA questão é muito complexa, principalmente se considerarmos que uma das diretrizes do SUS é o controle e participação social. Cabe pensar se esse controle e participação realmente ocorressem talvez esses problemas relacionados à violência fossem diminuídos, considerando que os indivíduos da comunidade estariam a par das limitações e possibilidades das unidades de saúde.
Para uma efetiva participação social, as pessoas devem estar empoderadas e saber acerca dos seus direitos em relação à saúde. Portanto, faz-se imperativo um aumento no investimento na educação popular em saúde.
A questão é: interessa para os governantes que a população tenha uma educação em saúde. É interessante que as pessoas saibam que o atendente ou profissional da linha de frente não tem culpa? Para os gestores é mais fácil "fechar os olhos" para problemas desse tipo, é mais cômodo que a população continue 'leiga' e até mesmo culpabilize funcionários que na grande parte das vezes, não podem fazer nada.