História do SEEB- Resistindo em prol da valorização da
Enfermagem.
O Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia (SEEB) nasceu
em 06 de junho de 1980, a partir da Associação Profissional de Enfermeiros
da Bahia. Nesta época os Sindicatos eram vinculados ao Ministério do Trabalho e
a Delegacia do Trabalho da Bahia. A outorga da Carta Sindical expedida pelo
Ministro do Trabalho foi o passo para a criação do Sindicato, passo esse que
foi dado pela então presidente da Associação dos Enfermeiros, Maria Olinda.
Neste período, o Brasil vivia uma ditadura militar e o
Sindicato enfrentou as dificuldades impostas pela situação política na época.
Edelita Araújo, a primeira presidente do SEEB relata que neste período
conseguir Enfermeiros (as) para compor a única chapa concorrente à eleição,
conscientizar a categoria e enfrentar os donos de hospitais privados foram
algumas das principais dificuldades enfrentadas. “Nesses momentos observávamos
que os colegas davam sinais de temer nos receber, muitas vezes sob olhares
desconfiados dos diretores e até certa hostilidade de sua parte”, afirma
Edelita.
Uma das primeiras e mais ousadas ações do SEEB foi uma greve
dos profissionais da saúde do Estado da Bahia. Organizada juntamente com outros
Sindicatos e Associações, a paralisação teve o intuito de parar um projeto que,
na época, aumentava o salário dos médicos e deixava estagnado o salário dos
demais profissionais. Juntamente com os Assistentes Sociais, Nutricionistas e
as categorias que ainda não possuíam Sindicatos, o projeto foi parado e os
trabalhadores foram incluídos com equiparação aos médicos.
O Sindicato foi ganhando forma e se moldando, no período de
1984 a 1987, o Brasil já estava vivendo um período de luta pela democracia e o
início do movimento das Diretas Já! (pela eleição direta do Presidente da República).
As lutas gerais iriam ganhando força e o SEEB, ao lado de outras entidades,
participava ativamente dos movimentos sociais. Segundo acredita Cristina Melo,
presidente do SEEB neste período, “o nosso Sindicato, creio, se não falha a
minha péssima memória, foi o 3º a se organizar no Brasil, na nossa profissão”,
alega. Esta foi a segunda gestão, portanto o movimento ainda era embrionário.
Poucos (as) Enfermeiros (as) se interessavam por movimentos políticos, mesmo
aqueles que compunham a diretoria,
e a luta ainda não tinha muita força.
No triênio de 1987 a 1990, o Brasil já tinha saído da
ditadura e vivia um período de democracia, porém a crise inflacionária assolava
todos os setores e conseguir com que os profissionais da Enfermagem se unissem
à luta não foi uma tarefa fácil. “Na rede pública de saúde, os profissionais
sempre tiveram medo de perder o emprego, mas mesmo assim nós apoiamos uma greve
do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS),
puxamos uma greve de todas as categorias profissionais de saúde através do
Conselho das Entidades de Saúde, exigindo melhores condições de trabalho e
aumento salarial”, afirma Juçara Carneiro, terceira presidente do Sindicato.
Neste período a principal pauta do SEEB era a isonomia salarial, porém outra
lutas, como 30 horas e melhores condições de trabalho, também iam ganhando
força.
Ao final do mandato de José Lucimar (triênio 1990/93) e
início do mandato de Lúcia Duque (1994/2002), o SEEB conseguiu o direito ao
repasse da contribuição sindical. Durante o segundo triênio e o terceiro, o
Sindicato passou por momentos de grande dificuldade financeira, sem conseguir
se manter, tiveram que ocupar um espaço cedido pela ABEn-Bahia, no prédio que
funcionava a entidade.
Em 1995, mandato de Lúcia Duque, os acordo e convenções
coletivas entraram na pauta, e assembleias gerais começaram a ser feitas para
que os (as) Enfermeiros (as) tomassem conhecimento das pautas de negociação.
Foi neste ano que começaram as negociações com o Sindicato das Santas Casas e
Entidades Filantrópicas (SINDIFBA), Sindicato dos Hospitais Particulares
(SINDHOSBA) e Sindicato de Medicina de Grupo (SINAMGE).
A partir de 2002, as visitas ao interior do Estado se
intensificaram, o Sindicato estava ganhando força e apoio dos profissionais da
saúde. Foram abertas delegacias sindicais em municípios do interior e no
período de 2005/08 houve a primeira Convenção Coletiva em Feira de Santana, com o
Sindicato Patronal – SINDOSFEIRA.
Atualmente, as principais lutas do Sindicato são 30 horas
para a Enfermagem, aprovação do piso
salarial dos Enfermeiros, contra a terceirização dos serviços,
pagamento de diferença do adicional noturno de todos os Hospitais, sejam eles
Privados ou Filantrópicos. Bem como fortalecimento e abertura de delegacias
sindicais no interior da Bahia, concursos públicos e defesa do SUS.
“A categoria dos Enfermeiros vem crescendo ao longo dos
tempos e no nosso dia a dia no Sindicato percebemos uma demanda maior para o
interior, onde estão se reunindo mais, lutando pelos seus direitos. A
Enfermagem cresceu e somos imprescindíveis nos serviços públicos e privados de
saúde do país. Precisamos resgatar nossa unidade, fortalecendo a que nos
representa, como forma de vencer nossas lutas e conquistas”, Lúcia Duque Moliterno,
atual presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia.
INFORME-SE!!
Referência: satemrj.com.br.
Responsável
pela publicação: Grupo 03 (Daniela Bispo, Jamile Amorim, Thalita Barreto).
Os sindicatos possuem o papel de representatividade dos enfermeiros, que muitas vezes não manifestam seus anseios dentro da profissão no seu ambiente de trabalho por medo de serem demitidos. Os interesses defendidos devem ser coletivos e mirar sempre na valorização profissional, abrangendo as diversas demandas trabalhistas.
ResponderExcluirAs organizações sindicais constituem Voz de interesses coletivos. Sendo necessário na vida profissional o interesse pelos movimento políticos
ResponderExcluirO sindicato é um símbolo de muita luta da classe trabalhadora. Na enfermagem não é diferente. Através dele a voz dos profissionais dessa profissão pode ser ouvida. Por isso, é importante que esse profissionais estejam envolvidos e engajados no sindicato, usando-o como uma arma de luta para alcançar direitos dignos para os enfermeiros(as).
ResponderExcluirO sindicato é de extrema importância para os profissionais, pois é através dele que aconteceme as lutas e consequentemente as conquistas de direitos e melhorias para a classe trabalhadora. Muitas vezes, os próprios profissionais se sentem ameaçados de reenvindicar seus direitos por medo - um medo reAl - de perder o seu emprego, deixando toda a luta para os sindicatos.
ResponderExcluirO sindicato é de extrema importância para os profissionais, pois é através dele que aconteceme as lutas e consequentemente as conquistas de direitos e melhorias para a classe trabalhadora. Muitas vezes, os próprios profissionais se sentem ameaçados de reenvindicar seus direitos por medo - um medo reAl - de perder o seu emprego, deixando toda a luta para os sindicatos.
ResponderExcluirAcredito que o sindicato é o movimento organizado que os trabalhadores enfermeiros fazem em busca de melhores condições de vida e trabalho. Sindicato é a expressão nítida da classe trabalhadora enquanto sujeito da história e é de fundamental importância na atuação da profissão da enfermagem.
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