Por que será que é um tema pouco abordado? Seria outra vertente do discurso "bandido bom é bandido morto"?
Matéria completa em: http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2017-03-06/rio-recebia-milhoes-em-verbas-federais-para-a-saude-do-preso.html
Responsável pela publicação: Grupo 11 (Andreza Siqueira, Natália Webler e Vitória Lopes).
Entre 2004 e 2014 houve aumento de 80 % da população carcerária brasileira, Diminuição da violência? Creio que no cenário atual não. O que se ver no sistema prisional brasileiro é reflexo das desigualdades econômicas , sociais e raciais. É fato de que já ouvi em jornais, revistas questões como superlotação, má condições de higiene mas me assustei quando lendo a postagem vi o montante destinado ao sistema carcerário uma problemática que se torna apenas sombra quando se interessa em repassar a sociedade instigar a lógica "Bandido bom é bandido morto", ofertando às piores condições de saúde e humanidade e aumentando alvos fáceis de recrutamento do crime. A jornalista Nana Queiroz autora do livro " Presos que menstruam"- uma sugestão- aborda a realidade de detentas que compartilham as precárias condições de saúde com gênero oposto,elas além de vivenciar ausência de acompanhamento ginecológico são privadas de outros cuidados íntimos.O atual sistema penitenciário é o que afirma Camila Nunes- pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência NEV-USP- uma máquina de destruir sonhos, dignidade e saúde.
ResponderExcluirA situação das mulheres presas merece igual destaque e reflexão, muitas sofrem maus tratos e abusos dentro das penitenciárias. Da mesma forma, as prisioneiras gestantes, que também não recebem apoio e atendimento adequado. Durante o momento do parto são obrigadas a permanecerem algemadas e a parirem seus filhos nesse cenário de total descanso. Isso é resultado de uma cultura que acredita que por terem cometidos crimes essas mulheres não merecem cuidado nenhum. E cadê as iniciativas públicas ou privadas que olhem por essas mulheres? São quase inexistentes! E raramente vemos profissionais da saúde, como médicas e enfermeiras, que também são mulheres, prestando serviços qualificados e acolhimento dentro das penitenciárias femininas.
ResponderExcluirComo já discutimos anteriormente, mesmo nas maternidades e centros obstétricos da rede pública (e até privada), têm existido grande número de violência obstétrica, quem dirá ao se tratar das prisioneiras, que não são vistas como merecedoras de dignidade. Ainda mais por serem pessoas com histórico de preconceito e discriminação, em sua maioria mulheres pobres, negras e com baixo nível de escolaridade.
Eu realmente não sabia nada sobre o assunto, e diante da minha ignorância, resolvi pesquisar para me informar melhor. Em uma das minhas pesquisas eu encontrei uma página do Governo Federal na qual informa que o mesmo possui uma Politica Nacional de Atenção Integral a saúde de Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional. Ela tem como objetivo ampliar as ações de saúde do SUS para a população privada de liberdade. E lendo o restante do site, eu achei uma política incrível, como todas as outras existentes, mas a pergunta que fica é: Será mesmo que ela é efetivamente implementada? fiscalizada? Claramente não é, porque o que mais vemos na prática é a política do "bandido bom é bandido morto".
ResponderExcluirO sistema prisional no país é questionável. Mesmo pautado na constituição de 1988, muito aclamada por estudiosos e estrangeiros há diversas falhas judiciais e estruturais. O problema está num todo que precisa tornar-se visível e analisado. As medidas punitivas em nosso país é resumido num aprisionamento de pessoas custeado pelo Estado através dos impostos populares. Homens saudáveis são trancados em celas com condições inadequadas e permanecem no ócio até o fim da pena prevista. A saúde na sua concepção mais completa condena muito do que os prisioneiros brasileiros são submetidos. Dessa maneira, adoecimento é inevitável. Ademais, a discriminação para com a população carcerária é uma realidade e por consequência um distanciamento de muitos trabalhadores da saúde é perceptível. No entanto, não cabe a estes o julgamento pautado em princípios éticos sociais dos já condenados prisioneiros.
ResponderExcluirCerca de 520 mil pessoas vivem presas em 1.771 estabelecimentos penais espalhados pelo Brasil, onde haveria vaga para menos de 310 mil, segundo o Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (Infopen), do Ministério da Justiça. Essa população está muitas vezes sujeita a condições insalubres, o que a torna especialmente vulnerável a doenças como tuberculose, hanseníase, hepatites e aids.Infelizmente as politicas de saúde prisional ,não funcionam como devia, pois assim como os presos vivem em situações precárias, assim é o atendimento aos mesmos. Faltam materiais e profissionais dispostos a trabalhar nesses locais.
ResponderExcluirA negligência da saúde dos presos seria uma forma do racismo. Para quem administra, aquelas vidas não importam, não merecem o investimento do dinheiro que poderia estar sendo utilizado em posto de saúde ou hospital.
ResponderExcluirÉ importante também que se entenda como "saúde prisional" a saúde mental e o serviço social prestados aquela população, até porque saúde é muito além do que a ausência da doença.