quarta-feira, 8 de março de 2017

Anticoncepcional: Mitos e verdades

Desde que entrou no universo feminino a pílula anticoncepcional não sai da boca das mulheres, e para algumas, esse método contraceptivo ainda é um assunto muito polêmico, muitas mulheres tem um certo preconceito com a pílula devido a alguns mitos que foram surgindo ao longo dos anos. É verdade que inicialmente as taxas hormonais postas no medicamento eram bem altas, isso acontecia porque não se sabia ao certo qual era a quantidade necessária para impedir a ovulação, com o tempo e aperfeiçoamento as taxas foram diminuindo pois foi visto que assim o resultado seria satisfatório. A maioria das mulheres tem algumas perguntas sobre o uso da pílula e em uma revista online alguns ginecologistas se dispuseram a responde-las.


Pílula engorda

As bulas de grande parte das pílulas anticoncepcionais disponível nas gôndolas alertam que é possível observar alguma oscilação de peso. No entanto, a maioria das marcas utilizadas atualmente apresenta baixa dosagem hormonal, o que significa que os casos de mulheres que ganham peso por este motivo são poucos. “Não é uma regra, a maioria das mulheres não engorda e existe até uma minoria que emagrece. Mas algumas apresentam certo inchaço. Quem engordar muito rápido, por exemplo, ganhar cinco quilos em dois meses, sem nenhuma alteração aparente de rotina, deve procurar o médico para mudar a medicação” informa a ginecologista.

Emendar duas cartelas compromete a fertilidade

A maioria das mulheres acredita que tomar pílulas de forma contínua, evitando assim a menstruação, pode “bagunçar” o organismo e trazer problemas quando o desejo de ser mãe aparecer. “Não existe risco nenhum associado a essa prática. As pílulas são de baixíssima dose. A única recomendação para estas mulheres é que visitem o ginecologista semestralmente”, explica a ginecologista.

É possível tomar duas pílulas de uma vez no caso de esquecimento

A ginecologista avisa que esta crença não tem fundamento. Além disso, o efeito da pílula é comprometido caso isso se torne um hábito. “Nestes casos, a mulher pode tomar outra pílula em até 12h depois do esquecimento. Passando disso, não adianta nada tomar, não fará efeito algum”, explica. No entanto, a especialista conforta as “esquecidinhas”: “se ela esquecer de tomar uma única pílula, não tem o risco real de engravidar, exceto no caso das meninas mais jovens, que estão muito férteis. Em todo caso, aconselhamos que, a partir do esquecimento, ela use a camisinha até que termine a cartela, apenas por excesso de zelo”, pontua.

Alguns remédios podem anular o efeito do anticoncepcional

De acordo com a ginecologista, essa afirmação é verdadeira, especialmente no caso dos antibióticos. “Os remédios são metabolizados juntos no fígado. Então, se o organismo tiver que escolher um dos dois para metabolizar, ele vai priorizar o antibiótico”, explica. A camisinha nunca é dispensável e se faz ainda mais importante para as mulheres que estão fazendo uso de alguma medicação.

Outro assunto que também é muito comentado nesse meio é, se as pílulas aumentam o risco de desenvolver trombose. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mulheres que usam anticoncepcionais contendo drospirenona, gestodeno ou desogestrel (caso das pílulas) têm um risco de 4 a 6 vezes maior de desenvolver tromboembolismo venoso, em um ano, do que as mulheres que não usam contraceptivos hormonais combinados. De qualquer forma, segundo os médicos especialistas, se não há outros fatores de influência, o risco ainda assim é pequeno.

“Os benefícios dos anticoncepcionais na prevenção da gravidez continuam a superar seus riscos. Além disso, os riscos de eventos como trombose envolvendo todos os contraceptivos orais combinados é conhecidamente pequeno”, informou a Anvisa.

Mesmo com a pequena chance, a possibilidade de efeitos colaterais é o principal argumento dos médicos para que as mulheres não escolham a pílula por conta própria. Antes de receitar o anticoncepcional ideal, o ginecologista deverá fazer um questionário para ver se a paciente tem alguns dos fatores que podem desencadear problemas pelo uso da pílula e aumentar a probabilidade de ter uma trombose, entre outras doenças.

Ainda segundo a Anvisa, “antes do início do uso de qualquer contraceptivo, deve ser realizado minucioso histórico individual da mulher, seu histórico familiar e um exame físico incluindo determinação da pressão arterial. É importante também perguntar se a paciente toma qualquer outro medicamento que possa interagir com os hormônios da pílula, por exemplo, pacientes que tomam anticoagulantes exatamente para evitar a trombose, não é indicado o uso de pílula.

Existem muitas outras dúvidas envolvendo o uso da pílula, o mais indicado é procurar um ginecologista para se informar mais sobre o assunto e evitar tomar remédios sem indicação. A camisinha ainda é o método contraceptivo mais seguro e eficaz, mesmo para aquelas mulheres que tomam pílula para não engravidar, é a camisinha a responsável por impedir as doenças sexualmente transmissíveis. Tomar medicamento de base hormonal pode causar alguns problemas a longo prazo, mesmo com taxas baixas, além de que sabemos que hormônios tem base lipídica e isso pode influenciar no aparecimento de varizes e celulites, além de influenciar na trombose (mesmo que seja de baixo risco). Não existe método 100% seguro para prevenção, mas com os cuidados necessários é possível manter a saúde e o bem-estar do corpo.

Fontes de pesquisa:


Responsável pela publicação: Grupo 10 (Fernanda Figueiredo, Juliana Lima e Sofia Camargo).

6 comentários:

  1. "[...]Tomar medicamento de base hormonal pode causar alguns problemas a longo prazo, mesmo com taxas baixas[...]" . Essa parte me chamou atenção, já que todos os dias arriscamos nossa saúde através de medicamentos ou procedimentos para controlar nossos corpos,mas muitas mulheres os utilizam e não possuem consciência dos riscos, ou que o anticoncepcional pode falhar se houver consumo de certos antibióticos por exemplo.Por isso nós mulheres precisamos aprender a falar abertamente sobre sexo,prevenção e a reação que certos medicamentos tem sobre o corpo feminino.Até porque ,apesar de existir a pílula masculina ,os homens não a utiliza por ter efeitos tão prejudiciais quanto em mulheres ,sendo sua produção suspensa por diversas vezes.

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  2. Concordo com Rebeca quanto a necessidade de tratarmos abertamente sobre sexo e prevenção. A insistência na manutenção desses tabus só prejudica a saúde da população feminina que continua a seguir procedimentos por indicação de amigas e não buscando um acompanhamento correto com um ginecologista. O uso de pílula traz muitas dúvidas e para uma vida segura e saudável, elas precisam ser conversadas com profissionais capacitados para esse tipo de orientação. Como não há métodos 100%, é melhor garantir com o uso da camisinha, pois além de prevenir uma gravidez, protege contra a infecção por inúmeros tipos de DTSs presentes nos corpos mundo a fora.

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  3. Concordo com Rebeca quanto a necessidade de tratarmos abertamente sobre sexo e prevenção. A insistência na manutenção desses tabus só prejudica a saúde da população feminina que continua a seguir procedimentos por indicação de amigas e não buscando um acompanhamento correto com um ginecologista. O uso de pílula traz muitas dúvidas e para uma vida segura e saudável, elas precisam ser conversadas com profissionais capacitados para esse tipo de orientação. Como não há métodos 100%, é melhor garantir com o uso da camisinha, pois além de prevenir uma gravidez, protege contra a infecção por inúmeros tipos de DTSs presentes nos corpos mundo a fora.

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  4. Assim como pontuado pelas meninas Rebeca e Priscilla é de fundamental importância falar sobre sexo e medidas preventivas até porque ainda se constituem um tabu. Creio que mais uma problemática para os problemas relacionados ao uso de anticoncepcional é a irregularidade em consultas ginecológicas; além do que apesar dos brasileiros reconhecerem a importância da camisinha a grande questão é se o uso é comum mesmo sabendo que se constitui o método mais eficaz.

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  5. O Uso da pilula é muito satisfatório em relação a prevenção da gravidez, porém por ser uma pilula hormonal pode causar inúmeros transtornos a vida da mulher, alguns efeitos colaterais como trombose e até mesmo em caso extremo AVC e na maioria das vezes os médicos não informam as pacientes sobre esses efeitos. Outra coisa que é bastante preocupante é que as mulheres fazem uso discriminado da pilula sem consultar o médico antes e acabam tomando pilulas inadequadas a seu organismo. Portanto precisamos ficar alerta em qual medicamento devemos tomar e observar também os efeitos destes no nosso organismo.

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  6. O uso de anticoncepcionais foi um grande ganho para as mulheres. A partir do uso desse medicamento passamos a de fato termos autonomia do nosso próprio corpo sem dependermos da vontade do parceiro.
    Nós decidimos se queremos e quando queremos engravidar.
    A pílula é muito mais que apenas não engravidar ou menstruar, é uma representação de liberdade e independência.
    Obviamente, por se tratar de algo químico é necessário que sejam tomados todos os cuidados e precauções para manutenção da saúde. Mas, de fato o uso de anticoncepcionais causam efeitos positivos na vida da maioria das mulheres.

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