terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Interferência religiosa no processo saúde-doença

  É preciso entender que a religiosidade e a espiritualidade se fazem presentes na vida de muitas pessoas em todo mundo, dessa forma quando se é encontrado o indivíduo ou uma família que está passando por um processo de adoecimento, tratamento ou manutenção da saúde, no sentido do bem-estar físico-mental, a religiosidade e a espiritualidade também estarão presente neste momento. Assim, é possível discutir as interferências que a religiosidade e a espiritualidade causam na vida das pessoas, junto a saúde.
  A crença em divindades ou seres superiores a nós, mortais, sempre esteve presente em nossa sociedade. Desde a época antes da evolução da ciência, a crença em divindades e forças ocultas fez com que os enfermos, e os não enfermos, acreditassem que a situação em que se encontravam era devido a suas atitudes durante a vida, sejam elas boas causando o bem-estar físico-mental ou más, causando um desequilíbrio deste bem-estar, isso desde a antiguidade. Por ser uma boa explicação para o inexplicável ou a negação do explicável, esta crença ainda é muito presente e vem deixando largos resquícios na sociedade atual, para aquelas que possuem uma espiritualidade ou religiosidade.
  A interferência religiosa no processo saúde-doença se faz presente hoje em nossa sociedade principalmente na visão biomédica do processo de tratamento da doença, dessa maneira é possível analisar uma interferência positiva ou negativa, sobre esta visão biomédica.
  Para as pessoas que usam da religiosidade ou espiritualidade no processo de tratamento da doença, essa interferência sempre se apresenta de maneira positiva respeitando e olhando individualmente para cada religião ou crença religiosa.   
  A interferência religiosa no processo saúde-doença se dá no momento em que um indivíduo usa de sua religião ou sua espiritualidade para auxilio no tratamento de uma doença; na cura de uma doença; para mudar seus hábitos alimentares e higiênicos, para a melhoria e manutenção da sua saúde, assim também levando à prevenção de doenças. Seguindo o modelo biomédico da saúde estes são exemplos de interferência quando servem para ajudar ou para piorar o estado de saúde ou de doença em que uma pessoa se encontra.
  A religiosidade e espiritualidade interferem da maneira citada anteriormente, assim as pessoas que fazem parte de uma religião ou possuem uma espiritualidade usam estes artifícios alternativos ao modelo biomédico para complementar ou substituir este modelo. Estas pessoas buscam o auxílio de divindades para suprir suas necessidades, fugindo do aceitamento de uma doença explicada pelo modelo biomédico, para aceitar uma doença vista pelo modelo biomédico, para um maior conforto, consolo, e sentimento de alívio, que as religiões a espiritualidade e o poder do divino, podem promover.
  Dessa maneira se faz presente a interferência religiosa no processo saúde doença, quando uma religião ou uma espiritualidade servem de maneira substitutiva ou complementar a situações de saúde e de doença, podendo ser, positiva ou negativa para o modelo biomédico da saúde, e sempre positiva para cada religião e para cada crença espiritual, respeitando todas individualidades e coletividades destes grupos.

Referências:

Responsável pela publicação: Grupo 09 (Amanda Morais, Ravive Silvão)

11 comentários:

  1. Eu acredito também que a religiosidade interfere na saúde das pessoas. É benefíco ao paciente ter fé,acreditar na cura da doença e ter apoio emocional através de sua religião.Entretanto, hà casos em que a religião interfere no atendimento de forma negativa,como nos casos em que pacientes se recusam a receber transfusão de sangue por motivo religioso por exemplo. Contudo,apesar dos problemas ,temos que respeitar a decisão do paciente,por mais que seja difícil a aceitação e nossas ideias sejam divergentes.

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  2. Eu percebo que à medida que o tempo passa e a ciência alcança certos avanços às religiões, passam a ser discriminadas pelos ditos intelectuais. Eu acredito que a minha fé esteja intimamente ligada à ciência e que ambas dialogam o tempo todo mesmo que algumas lacunas ainda não tenham sido preenchidas. Em se tratando do processo de saúde- doença, como já foi debatida em outras aulas, a independência e projetos de felicidade individuais precisam ser respeitados. Para mim, esse é um dos ideais para a construção da saúde de forma humanizada.

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  3. Como discutimos em uma aula de Enfermagem, Saúde e Sociedade, existem características que devem ser da pessoa enquanto ser humano e não enquanto profissional, e saber respeitar os outros, inclusive suas crenças, é uma delas. Respeitar as crenças dos pacientes e entender que elas geram melhorias na saúde, eles encontram o suporte que precisam na fé. E esse suporte não deve ser descartado, pois é fato sabido que o bem estar mental do paciente influencia na melhora do seu estado físico, na maioria das vezes. Ter fé e esperança proporciona ao paciente ter algo por que continuar lutando, e é de extrema importância durante o processo.

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  4. De fato é é visível a interferência religiosa, não somente nessa temática, mas se tratando da religião e o processo saúde-doença é inegável evidências históricas que atestam essa relação.Apesar do avançar no campo da ciência o vínculo entre a cura do corpo e a crença religiosa do paciente se mostra importante e eficaz principalmente quando se esgotam todos os recursos.A necessidade de encontrar um significado para uma doença que não tem cura ou o porque de está enfermo, quando aparentemente não se encontra explicação diminui o sentimento de angústia, o vazio e o desespero. Creio que nesse processo o importante não é a técnica utilizada mas o respeito a cada singularidade.

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  5. O que é a religiosidade na vida de muitos de nós?
    A resposta disso é muito complexo mas em linhas gerais, é o que constitui a base de valores, costumes, culturas e até de busca de saúde. Assim, durante o processo saúde e doença é importante que tudo que as pessoas construíram em termos que passem segurança, bem estar e que a pessoa acredite que proporciona saúde, esteja presente no processo de reconstrução dá saúde . É por isso que a enfermeira e todos os profissionais de saúde, precisam entender a importância do respeito às crenças particulares e que não desmereça isso ao afirmar que só a biomedicina proporciona a saúde. É importante que se entenda que a saúde é construída em termos que perpassam apenas o funcionamento do corpo e por isso,construir um diálogo de respeito às crenças particulares de cada um é fundamental para até a pessoa possa se sentir mais segura no ambiente hospitalar ou até para enfrentar o problema de saúde.

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  6. Aluna: Jéssica Laís Frexeira.
    Referente ao comentário acima.

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  7. A fé da pessoa em situação de sofrimento realmente influencia de maneira importante no seu processo de recuperação e cura, bem como na manutenção da saúde. Acho que a ciência precisa se aproximar da religião de modo a ampliar os conhecimentos e as formas de entender e cuidar do ser humano.

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  8. Não vejo como uma interferência. Já é comprovado em estudos, que a fé pode ajudar no tratamento de pessoas acamadas. Acredito que cabe a nós, respeitar os limites do outro, e não tentar impor o que para nós é o certo. Cada um tem suas crenças, sejam elas religiosas ou culturais, e nós como futuras enfermeiras temos o dever, não apenas profissional, como humano, de não interferir nas escolhas do paciente. O que mais vemos por ai é o conhecimento técnico científico tentar se sobrepor a religiosidade, mas se essas duas vertentes dialogassem o mundo se beneficiaria.

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  9. A ligação entre espiritualidade e saúde é conhecida desde o início das culturas mais antigas. Mas, desde que a ciência começou provar as origens das doenças “físicas”, foi feita a divisão: religião cuida do espírito e ciência, do corpo. “Agora se sabe que além do corpo também temos o lado espiritual, e podemos unir ambos e chegarmos à espiritualização da medicina. Estudos comprovam que a fé pode aumentar os índices de cura e reduzir problemas de saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a espiritualidade como um fator que não deve ser desprezado, porque pode gerar equilíbrio e declara que, quando ela é bem empregada, o resultado observado é um reflexo positivo na saúde psíquica, social e biológica, tal como o bem-estar do indivíduo.

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  10. Várias pesquisas já revelaram que a crença religiosa auxilia em tratamentos de pacientes até em estados terminais.
    Historicamente somos rodeados de diversas influências religiosas, como as de origem africana, indígena, o cristianismo, entre outras. Assim, faz-se necessário o respeito a essa diversidade cultural.
    Não cabe ao profissional de saúde apoiar e ter fé assim como o enfermo e seus familiares, mas é dever desse profissional respeitar essa crença, auxiliando e apoiando o paciente de todas as formas possíveis.
    Todos somos preconceituosos, muitas vezes por temos uma convicção religiosa e por isso denegrimos todas as outras. Mas, precisamos ter consciência que nossas convicções pessoais não podem e não devem interferir no nosso trabalho. Assim, o respeito é a palavra fundamental para direcionar situações como essa.

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